sexta-feira, 28 de março de 2008



OU


"DEUS OU O DIABO JULGARÃO VOSSA EXECELÊNCIA...", afirmou Jader Barbalho, como o verbo no plural, o "ou" tende a se aproximar semanticamente de "e", ou seja, tende a assumir valor aditivo. Nesse caso, o julgamento poderia ser conjunto, caso em que Deus e o diabo, lado a lado. Aqui esta se igualando Deus e o diabo, a primeira diferença entre eles é gramatical e se dá pelo artigo, que Deus, onipotente, dispensa. O diabo- pobre diabo-dele (do artigo) não pode prescindir; não existe diabo sem "o".
Quando o "ou" tem valor excludente o verbo deve ser mantido no singular "Lucas ou Mateus governará o país", quando não tem valor excludente o verbo fica no plural "Drummond ou Jorge Amado representam o há de mais importante na poesia brasileira".




OUTRO CASOS DE CONCORDÂNCIA



Vamos começar pela expressão "a maioria", que , quando não especificada, exige o verbo no singualr: "A maioria ficou", "A maioria votou", etc. Neste caso seria errado colocar o verbo no plural ("ficariam" e "votariam").
Quando a expressão "a maioria" é seguida de especificador no plural, predomina o emprego do verbo no singular, mas o plural é possível: "A maioria dos brasileiros vive/vivem em condições precárias"; "A maioria dos médicos aceita/aceitam fazer cesariana, mas mesmo que ela não seja necessária". Nesses casos, quando se coloca o verbo no singular ("vive" e "aceita", nos exemplos dados), enfatiza-se a idéia de conjunto, expressa pela palavra "maioria". Quando se coloca o verbo no plural ("vivem" e " aceitam"), enfatizam-se os formadores do conjunto ("brasileiros" e "médicos", respectivamente).



OS ESTADOS UNIDOS E A CONCORDÂNCIA


Algumas pessoas afirmam que, por se tratar do nome de um país, a concordância deveria ser feita no singular, apesar dos dois termos no plural. A ser válido esse raciocínio, daríamos como boas frases como esta: " OS ESTADOS UNIDOS ATACOU O AFEGANISTÃO".
Há um pequeno problema, no entanto: o artigo"os", que exige que o verbo vá para o plural. Assim como se diz "os alpes atravessam(e não 'atravessa') a América do sul".
Outros perguntam se não seria possivel fazer com "ESTADOS UNIDOS" o que se faz com "MINAS GERAIS", não a dúvida que o artigo seja uma opição.
Algumas frases como "AS MINAS GERAIS PRODUZEM QUEIJO E POESIA DE PRIMEIRA QUALIDADE" e "MINAS GERAIS PERTENCEM A REGIÃO SUDESTE" ocorrem na língua padrão. Como se vê, o artigo ("AS") impôs o plural na flexão do verbo da primeira frase ("AS MINAS GERAIS PRODUZEM..."). Na segunda frase, em que não se empregou o artigo, o verbo ficou no singular ("MINAS GERAIS PERTENCEM...)

quinta-feira, 27 de março de 2008

Resumo

concordância verbal

“qualquer dos cônjuges podem”
Na frase: “ hoje, qualquer um dos cônjuges podem exigir a guarda dos filhos.”

A forma verbal podem da terceira pessoal do plural e inadequada, deveria ser substituída por pode
A terceira pessoa do singular e exigida pelo núcleo do sujeito (“qualquer”, pronome indefinido singular)
Outro exemplo:
“em são Paulo, o valor dos alugueis dos apartamentos de três quartos localizados em bairros nobres subiram.”
A tentação de colocar o verbo no plural e grande já que o núcleo do sujeito(“valor”) esta longe do verbo e é seguido de uma turmas de elementos no plural (“dos alugueis dos apartamentos de três quartos localizados nos bairros nobres”)

“concordância duros de engolir”

No caso da expressão “um dos que”, o certo e dizer que:
Ex: a moça e u ma das alunas mais brilhantes
Ex: ele e um dos deputados que mais trabalha
Nota-se que eles não são o mais e sim um dos mais. Essa e a lógica das frases onde o verbo só pode mesmo ir pra o plural.
Mais no nosso dia-a-dia a tendência mais que dominante e que o verbo fica no singular.
Ex: E uma das empresas que mais cresce no mercado.
Não se quer dizer que a empresa e a que mais cresce, e sim que, das que mais crescem, ela e uma.
Ou seja a frase deve ficar assim:
E uma das empresas que mais crescem no mercado.

“muitos de nos”
Na frase: “muitos de nos sabemos a verdade”
Temos ai dois pronomes (“muitos”, indefinido, e “nos”, pessoal do caso reto) no plural o que permite que o verbo concorde com qualquer um deles.
Valendo para casos semelhantes como:
Alguns de nós
Alguns de vós
Muitos de nós
Muitos de vós

“esta chovendo cenouras”
Gosto muito de desenhos animados, dos antigos. Dia desses, o danadinho do Pernalonga pronunciou a frase acima:”esta chovendo cenouras!”
“esta” ou “estão”????
Os verbos que indicam fenômenos meteorológicos como “ chover” ou “nevar” são chamados de impessoais, por isso não tem sujeito e são conjugados na terceira pessoa do singular.
Esses verbos podem ser usados em sentido figurado,” chover” pode ser usado com o sentido de “ cair da atmosfera, cair do alto em abundancia” que chove ou seja, o que cai funciona como sujeito e impõe a necessidade de concordância do verbo:”estão chovendo cenouras”.
“faz” ou “fazem” dois anos que eles se casaram?
As gramáticas dizem que, quando usado para indicar idéia de tempo transcorrido, o verbo e impessoal e, portanto, deve ser mantido sempre no singular.
O que significa isso? Que não se deve dizer”fazem dois anos que eles se casaram” e sim “ fez dois anos que eles se casaram”
Que e estabelecer o intervalo entre o momento em que se esta e o momento em que o fato ocorreu. E nesse caso que o verbo “fazer” não deve sofrer flexão.
E mais do que claro que, quando se diz”cinco anos fazem muita difrença”, não se esta querndo indicar o intervalo entre dois fatos. Então o verbo “fazer” dele sofre felxao de acordo com o seu sujeito(“cinco anos”)

“deixo claro minha posição”
No brasil e comum na fala cotidiana coisa como: “acabou as fichas”,”os menino fugiu”.

“chegou” ou “chegaram”?

“amor mora o calix santo e a hóstia sagrada”.
E correta a concordância da forma verbal”mora”?
Não deveria ser “moram”?
Que e que mora? Não e difícil perceber que os “moradores” não dois: o calix santo e a hóstia consagrada. Isso significa que e o sujeito, no caso, e composto, já que e formado por dois núcleos (“calix e hóstia”). A concordância proposta não e esta errada, na frase o sujeito e colocado depois do verbo, e nesses casos há duas opções: o verbo pode concorda com o núcleo mais próximo, que no caso e “calix”, o que justificaria a forma “mora”.
Conclui-se ,então , que são corretas frases como “chegou o diretor e os alunos” e “chegaram o diretor e os alunos”. Na primeira , há mais ênfase para a chegada do diretor já na segunda, privilegia-se o conjunto formado pelo sujeito composto(“o diretor e os alunos”).

Hoje quem paga sou eu
Já ouviu isso? Pense na concordância verbal. Há dois verbos: “paga”e “sou”. “paga” esta na terceira pessoa do singular e concorda com o pronome “quem”, “sou” esta na primeira do singular e concorda com o pronome “eu”.

Agora inverte-se a ordem da frase:” hoje sou eu quem paga”. Parece esquisito? Talvez pela falta de habito, talvez porque se queira fazer valer o verdadeiro locutor do processo expresso pelo verbo “pagar”, ou seja, aquele que efetivamente pão “eu”, no caso a concordância que mais se ouve nesse tipo de frase e nossa ordem, e hoje sou eu quem pago”. Essa não esta errado.

“passará o céu e a terra”
Carlos heitor se referiu ao que Jesus disse:
“passar o céu e a terra”. Muitos condenam dizendo que deveria ter sido “ passarão o céu e a terra”. Na verdade essa opção fica por conta de quem traduz a frase, presente no evangelho.
Na versão “o céu e a terra passarão,mais minhas palavras jamais passarão”, esta correta porque o sujeito composto esta antes do verbo.
Termos que levar em conta o efeito correto que se obtem com cada uma das formas verbais.
A opção “passará” enfatiza o núcleo mais próximo, deixa claro a superioridade do céu sobre a terra, das etéreas dobre as terrenas.

Basta ou bastam?
Na expressão “com você meu amor, uma h ora um minuto, um segundo bastam”. O verbo “basta” concorda com o segundo elemento que fecha a gradação.
Quando a expressão contem um elemento resumidor, o verbo automaticamente concorda com ele “ com você meu amor, uma hora, um minuto, um segundo, qualquer coisa, basta(e não bastam).
Singular ou plural?
“ o fechamento dos aeroportos dos estados unidos impediram o retorno do professore Pasquale, O fechamento dos aeroportos impediram...
Na verdade seria “ o fechamento dos aeroporto impediu.... “porque, o núcleo do sujeito está no singular então, o verbo deve concordar com este.
Temos que ter cuidado quando o núcleo do sujeito esta no singular , mas e seguido de vários termos no plural (“dos aeroportos nos estados unidos”), que acaso levando o falante, a flexionar o verbo no plural.
No texto: “o ministro informa, que o nível dos rios que compõem os reservatório das principais centrais elétricas... subiram”. Acontece o mesmo, devido a tantos enfeites no plural, perde-se o foco, mais o verbo deve concordar com a seqüência, ou seja”subiu”.

Os estados unidos sofreu/ invadiu/ atacou ou os estados unidos sofreram /invadiram/ atacaram?
Algumas pensam que por ser nome de pais, a concordância deve ser no singular apesar de 2 termos no plural, mais o artigo “os “exige que o verbo vá para o plural. Outro exemplo será”os Alpes se estendem”(e não se estende)
Com minas gerais o emprego do artigo”as”e facultativo, sendo ele que impõe as flexão do verbo deve-se observar os exemplos “as minas gerais produzem...” ou “minas gerais produz...”